Por Gabriela Rosa
2010-11-19 11:14
Se no Funk das favelas brasileiras é possível encontrar o Funk proibidão. Aquele em que as letras de musica tratam de violência, tráfico de drogas e problemas com a polícia, sem qualquer amarras, ou necessidade de ser politicamente correto. No Rap nos temos o movimento do Gangsta Rap.
Muito forte nos Estados Unidos o movimento se popularizou no final dos anos oitenta como todo o RAP, principlamente na voz de Schooly D e Ice T e com grupos como N.W.A. Esse último chegou a receber uma carta do FBI pedindo pra maneirar nas letras.
A música em Fuck Tha Police em que o grupo diz “Um jovem negro só se ferra porque é marrom e não de outra cor. Alguns policiais acham que tem autoridade para matar uma minoria F* essa merda porque isso não é verdade” (tradução livre) foi a motivadora da advertência.
Com o passar do tempo a diferenciação entre o Gangsta Rap e os outros subgenros do estilo ficou difícil de ser feita. Isso porque de certa forma as letras dos compositores invariavelmente tratavam de temas como armas, drogas, sexo e violenicia.
A diferença básica é que o Gangsta Rap, não retrata simplesmente a realidade dos rappers, mas de certa forma promove esses valores. Outra diferença que não pode passar desapercebida é que o Gangsta Rap se dedica ainda mais a questões sociais. Os rappers deste estilo estão invariavelmente ligados a problemas legais, são acusados de formação de quadrilha e se envolvem em brigas de quadrilha. A maior parte das acusações se relacionam a trafico de drogas, de armas e prostituição.
Ao serem acusados de promover a violência e promiscuidade os rapper rebatem afirmando que apenas retratam a realidade de onde vivem.
O Brasil também tem os seus representantes do Gangsta Rap, a maior parte deles se concentra no estado de São Paulo. São alguns deles Racionais MC’s, Holocausto e o mais parecido com o Gangsta Rap te todos, Facção Central.